A poucos dias
passados conversando com amigos frequentadores de igrejas evangélicas,
lembrei-me de uma palavra ministrada (não sei bem aonde) mas que é
repetida com frequência (e veemência) entre as igrejas (principalmente
as pentecostais e neo-pentecostais) a cerca do SER CRISTÃO “águia” ou
“galinha”.
Podemos e devemos usar nossa experiência de vida para por meio dela
buscar entender muito daquilo que Jesus quer para nossas vidas, desde
que estas experiências estejam e sejam “testificadas” pelas palavras e
ensinamentos Bíblicos.
O crente aprende na igreja que ele deve ser como a águia. No TOPO da
cadeia alimentar, voando alto e sempre enxergando longe. Não existem
predadores para ela. Sua única preocupação é identificar e abater a sua
presa. Superior, poderosa, inabalável… esta é a águia.
Na contra-mão do conceito esta a galinha. Sempre no chão e catando
(ciscando) aquilo que “pode” comer. Medo dela só tem a minhoca e uma
outra pequena gama de insetos. A galinha é alimento para o homem, para o
lobo, para a raposa, para o cachorro e até o gato se cair na briga
ganha. Em resumo; se a galinha “der mole” ela dança.
Mas uma certa vez, estando eu na casa do meu sogro e havendo em seu
quintal (na ocasião) um grande números dessas penosas, eu pude constatar
um fato que me levou a reflexão bem interessante que venho compartilhar
com os irmãos agora.
Sentado confortavelmente em uma rede (na varanda atrás da casa) e
como estava sozinho na ocasião, me peguei a observar uma galinha que se
acomodava em um canteiro próximo ao local que eu estava. A ave
aproximou-se e começou a se “aninhar”; porém cada movimento dela
buscando uma melhor acomodação era intercalado com uma parada para me
observar. Eu me mantinha imóvel, apenas olhando tendo o cuidado de não
esboçar nenhum movimento. Estávamos (eu e a galinha) envolvidos em uma
educativa experiência comportamental.
Uma vez acomodada e embalada pelo frescor da tarde, ela ia meio que
“recolhendo” seu pescoço lentamente na mesma medida que fechava seus
olhos.
Fiz um pequeno movimento com a cabeça sem emitir nenhum som
e instantaneamente a galinha abriu seus olhos e esticou seu pescoço.
Manteve-se assim atenta (mesmo sem sair do lugar) por alguns minutos. Eu
ali imóvel em minha nova posição. Ela “relaxou”, voltou a recolher seu
pescoço e a fechar seus olhos. Novamente fiz um pequeno movimento com as
mãos, não havia som, não havia nada que “desse o alarme”, mas para
minha surpresa aquele meu pequeno gesto fez que a mesma mais uma vez
abrisse seus olhos, esticasse seu pescoço e ficasse atenta, observando
agora de forma direta. Nossa experiência teve fim com a chegada da Érica
que me fez levantar e com isso fazendo com que a nossa pequenina
“amiga” empreendesse fuga, deixando claro que meu objetivo não fazia
nenhuma diferença para ela, o que fazia era a necessidade de SOBREVIVER.
No NOVO TESTAMENTO existem 14 referências a palavra VIGIAR:
(Mateus 24:24) (Mateus 25:13) (Mateus 26:41) (Marcos 13:33, 35 e 37)
(Marcos 14:34 e 38) (Lucas 21:36) (Atos 20:31) (I Corintios 15:34) (I
Corintios 16:13) (I Pedro 4:7) e (I Pedro 5:8)
O próprio Cristo sempre ensinou: VIGIAI e orai.
Na verdade não existe nenhuma alusão a ORAI e vigiai. Por mais
irrelevante que isso possa parecer o propósito encontrado nas
entrelinhas da questão é bem interessante.
(I Pedro 5:8) – Sede sóbrios; VIGIAI; porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar;
A galinha como animal suscetível a investidas, POR INSTINTO, se
mantém em um permanente estado de vigilância, ao contrário da águia, que
com isso não tem com o que se preocupar.
Já ouviu dizer que uma águia foi devorada por um leão?
Creio que não, mas de certo saber que um leão comeu uma galinha não é
e nem seria nenhuma novidade para você. Por meio disso e analisando a
atual linha “religiosa” apregoada nas instituições é fácil descobrir que
não temos (nas igrejas instituídas) nem crentes “águias” e nem crentes
“galinhas”.
Na verdade temos galinhas que PENSAM serem águias.
Resultado?
Crentes que não vigiam, não estão atentos as investidas do inimigo e
vivem a ADAPTAÇÃO e não a inconformidade proposta pelo evangelho.
Crentes que xingam, mentem, enganam, traem, trapaceiam, ofendem, brigam e
mais uma dezena de outras “coisinhas” mais e o que é pior, na mais
perfeita CONVICÇÃO de que diante de Deus esta tudo certo, haja vista, se
sou “batizado” dou meu “dízimo” participo da “ceia”, estou de
compromisso (????) zerado diante de Deus. Vigiar pra quê e o quê,
afinal?
Sou um crente águia que EM NOME DE JESUS detono a tudo e a todos a minha frente.
Eu escolho o comportamento vigilante da galinha e me mantenho atento a
qualquer movimento do leão. Não vou permitir ser tragado acreditando que
sou INVULNERÁVEL as investidas do inimigo. Vou buscar a Deus dia a dia,
SEMPRE VIGIANDO para não incorrer em erros voluntários, pois minha
SALVAÇÃO não esta definida em vida, mas sim na morte.
(Mateus 24:13) – Mas aquele que perseverar ATÉ O FIM será salvo.
Fique atento e VIGILANTE Cristão e pare de se achar aquilo que você esta longe de ser.
Marcus VP Moreira
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