sábado, 12 de novembro de 2011

O Olhar de Jesus


É notável a diferença entre o olhar de Jesus e o olhar dos homens. Nascidos em pecado, estes habituam-se desde cedo ao pessimismo, ao desprezo e à desconfiança. Ajustam o foco sobre as fraquezas, defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não segue este padrão, quando examinamos sua maneira de olhar nas páginas do Evangelho.


Por exemplo: Quando Jesus viu Simão Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas, nem profetizou que o negaria - embora soubesse de tudo isso. Em lugar de uma taquara (significado do nome Simão) Cristo viu uma rocha - Cefas. É assim que Deus nos vê. Quando nos aproximamos dele, não aponta o dedo para nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. O olhar de Jesus procura por aquilo que há de bom em nosso interior, ainda que seja uma partícula boa em um milhão de defeitos. Se você procurar por Ele, vai ser bem recebido.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu no alto da figueira, não zombou dele perante a multidão. Poderia ter dito: Eis aí, o chefe dos coletores de impostos mais corrupto de Jericó. Não, ele não fez isto. Todos diriam assim, mas Jesus olhava com amor. Foi por isso que disse: Zaqueu, desce depressa, pois hoje vou jantar em tua casa". Apenas um olhar e algumas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais inesperada na vida do chefe dos publicanos de Jericó.

Quando Jesus viu o coxo junto ao Tanque de Bestesda, ele não viu um aleijado. Ele viu um homem que depois de 38 anos doente ainda tinha esperança de ser curado. Todos viam um coxo maluco, mas Cristo enxergava um homem andando normalmente, levando embora um leito sobre as costas.Quando Jesus olhou para a mulher adúltera diante daquele grupo de apedrejadores, ele não viu uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de uma oportunidade para se levantar e nunca mais pecar.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não enxergava um cadáver mal-cheiroso, mas via um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas críticas.Jesus vê uma rocha onde todos veem uma taquara. Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação. Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso. Jesus não atira pedras em quem está caído. Jesus enxerga vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro. Jesus Cristo não vira as costas para quem bate à sua porta.

Esta fixação em procurar os defeitos e descobrir os erros das pessoas para depois dizer para todo mundo; esta ânsia de difamar, de derribar para produzir no criticado um sentimento de pequenez, de frustração, de desânimo revela, na verdade, algo interessante sobre a pessoa do crítico. Mostra sua necessidade premente de manipular as faltas alheias para dispersar o foco sobre si mesmo. Usa a crítica como capa para cobrir a própria nudez. Era porisso que o diabo só enxergava maldade no caráter do patriarca Jó.

Em tempos em que é tão fácil descer a "lenha" na vida de nossos irmãos, não custa perguntar: de que maneira estamos vendo a vida deles. Se apenas conseguirmos enxergar defeitos, e nada mais que isto, temos um problema grave problema de miopia espiritual.

O olhar de Jesus é misericordioso, para aqueles que buscam seu socorro. Se nossas virtudes resumissem apenas a uma única gota d'água no fundo de um copo vazio, Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra que isto esteja em teu coração. Este é o olhar de Jesus.

Autor: João Cruzué 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Venha como estás?Fique como estas?


Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 
Mateus 11:28

Esta semana fiquei pensando nessa frase: Venha como estás!
Mas qual o real significado desta palavra, lembrei-me de que muitas vezes ouvi pregações onde o pregador dizia Venha como está.Mas basta ir como estamos? De certa forma sim, basta irmos a presença de Deus como estamos e deixá-lo entrar em nossa vida para não sairmos mais da mesma forma que estávamos.
Neste tempo em que pensava nesta frase, me lembrava do versículo acima que diz Vinde a mim, o Senhor Jesus diz nesse versículo quem é pra se achegar a ele, os cansados oprimidos e EU diz a palavra, Eu vos aliviarei.
Pensando nisso também me recordo agora da passagem em que Jesus diz que aquele que tiver sede e chegar a Ele saciará sua sede.
Portando fico a pensar que devemos sim ir aos pés do Senhor como estamos, com lutas, dores, problemas, tristeza, angústia, mas que ao chegarmos na presença dEle aceitemos em nossa vida e possamos sair de sua presença, melhor do que entramos.Lembro-me de um louvor que minha irmã cantava que dizia, que vaso pra ser vaso tem que ser quebrado.
Para que nossas lutas e adversidades passem, nós não podemos chegar simplesmente na casa de Deus uma única vez pedir a solução de nossas dores e acharmos que vai ser simples assim, porque a frase em questão deixa a desejar, pois diz VENHA COMO ESTÁS, porém quando aceitamos a Cristo temos que ter conciência que para sermos vasos em suas mãos, vamos ter que passar pela cova e fornalha como aconteceu com Daniel, pelo deserto como o povo de Israel precisou passar, pelo Calvário de Cristo e quem sabe até nos sentirmos dentro de um poço abandonados como aconteceu com José.

Sim meus amados irmãos, venham como vocês estiverem, mas por favor não aceitem sair do mesmo jeito que entraram.



Foto:Blog Pr.Nill (Imagem do outdoor instalado em frente a Igreja Batista Monte Serrá em Porto Alegre/RS)


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sabemos, Mas Não Gostamos

 Pr. Olavo Feijó

Jonas 3:2 - Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo. 





No final do seu livro, o profeta Jonas desabafa amargamente. Tudo o que ele achava que o Senhor deveria fazer não foi "obedecido" por Ele. Jonas ficou irritado porque seus inimigos, os ninivitas, não foram punidos por Jeová: "... Eu sabia que és Deus que tens compaixão e misericórdia..." (Jonas 3:2).

Um dos grandes obstáculos no caminho da nossa maturidade espiritual é nossa insistência em ter um Deus à nossa própria imagem e semelhança. "Se é que o Senhor nos ama, o certo não seria Ele castigar aqueles que nós odiamos?". "Se é que o Senhor deseja o aumento de nossa fé, o certo não seria Ele atender a todos os nossos pedidos?". "Afinal de contas, ninguém conhece melhor nossas necessidades do que nós mesmos!." "O Senhor não sabe disso?".

Um dos objetivos do livro de Jonas é mostrar-nos a infinita misericórdia do Senhor. Quer entendamos, quer não. Quer gostemos, quer não. O Senhor não está interessado em ser gostado: o que Ele nos solicita é o nosso amor. É somente pelo amor que conseguimos aceitar Sua vontade, mesmo quando não a entendemos. Mesmo quando não gostamos dela. Entender os planos do Senhor é bom. E é muito bom quando conseguimos até gostar destes planos. O que muda tudo, porém, não é o gostar ou o entender. O que muda tudo é o amar. O amor ensina a entender. O amor ensina a gostar. Não invertamos a ordem das coisas: somos nós que devemos viver à Sua imagem e semelhança. E não o contrário.