quinta-feira, 7 de março de 2013

As Pedras do Último Inverno

E em Jerusalém, havia a festa da Dedicação do templo, e era inverno. João 10:22

Era inverno e Jesus caminhou alguns minutos em direção ao templo de Jerusalém para participar da Festa da Dedicação. Aquele era um dia especial para a nação que por oito dias seguidos celebraria a dedicação de um importante templo. As paredes, externas, internas, toda a estrutura havia sido restaurada no período de Zorobabel. A festa  era tradição desde 163 a.C. Um rei pagão sírio, chamado Antíoco Epífanes, havia profanado o lugar, causando grande revolta e tristeza aos judeus. E naquele inverno, havia júbilo no ambiente e na nação que solidária, se unia celebrando a restauração não apenas de um lugar, mas de uma cultura e de um povo. Jesus estava lá, passeando nos cômodos, observando os detalhes e as pessoas. Era seu último inverno, depois viria a Páscoa e primavera e sua crucificação. E tal qual a restauração do templo, Jesus também não ficaria na sepultura, mas reviveria. Sua ressurreição, era o inicio de um Templo Vivo, mais espetacular do que aquele festejado no dia de inverno.

"Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão João 10:23

E quando perceberam a presença de Jesus, se aproximaram dele de uma forma hostil, interrogando-o sobre Sua identidade como não crendo que Ele era de fato o Messias. Meditei sobre essa passagem e relacionei-a ao comportamento de muitos homens, não descartando a possibilidade de me incluir no exemplo. Jesus era maior que aquele templo de pedras, tão festejado. Contudo, os presentes  O ignoravam e menosprezavam. Viravam as costas para Jesus e voltavam o olhar e a atenção para o monumento. Isso parece tão vazio e sem sentido, quanto invernos sem chuvas ou ventos. Tão terrível, quanto frio sem cobertor e sem teto. Jesus caminhou no inverno, para aquecer os corações gélidos e cansados, mas esses corações não o quiseram, preferiram o acolhimento das pedras que ora despedaçam e são tão incertas quanto o estado do céu na variação das estações.
 
Será que não estamos fazendo das pedras deuses e desprezando o Deus que carrega nossas pedras? Estamos confiando que a cada inverno Jesus virá em nosso socorro porque Ele mesmo disse que em todo e qualquer dia, quer seja de sol, chuva, tempestade ou brisa Ele não nos abandonaria? De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te desampararei.” Hebreus 13:5. Confiar ou murmurar. Os fariseus que interrogavam Jesus, só murmuravam. Não souberam aproveitar o valor do momento.  Há uma palavra grega, que traduz muito bem e confortadamente o significado de confiar: “Confia ao Senhor as tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos” Pv 16:3. Confiar aqui é o mesmo que “galal” com o sentido de rolar, entregar, afastar, remover. A imagem é a de um camelo sobrecarregado.  Quando a carga está para ser removida, o camelo ajoelha-se, inclina-se para o lado e a carga desliza. Maravilhoso e não o seria se não fosse o dom amoroso de Jesus.

Podemos nos ajoelhar em oração e fazer a carga deslizar em direção a Ele. Essa ação estabelecerá nossos pensamentos, modificará as ações, nos fará desviar o olhar das muitas pedras: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Mateus 11:28. Tantas vezes, amontoamos pedras (problemas) e construímos templos e depois os tratamos como deuses. Olhamos para as pedras e esquecemos que Deus é muito maior que elas. Perguntamos os porquês e ignoramos Jesus que está tão perto, tão receptivo a nossa fé. Mas a fé morre, sufocada pelas pedras que não produzem frutos, tal qual a parábola do semeador: " a semente caiu no pedregal e veio o sol e a secou, porque não tinha raiz" Mt 13:6. Semente profunda é aquela que confiamos a Deus, depois de o haver confiado as pedras. E o solo se torna tão bom e fértil que a cada inverno poderemos nos aproximar de Jesus e adorá-lo com intensidade, tão apenas pela fé.

Que assim seja conosco.

Paz para você, em Cristo.

| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

quarta-feira, 6 de março de 2013

Voz de Muitas Águas

“Eu vi a glória do Deus de Israel que vinha do oriente. A sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória”. – Ezequiel 43.2

         O profeta Ezequiel ouviu a voz do Senhor e foi este o testemunho acerca dela: era como a voz de muitas águas! Mas esta não foi a única ocasião em que ele a ouviu desta forma. Logo no início de seu livro encontramos um relato de uma visão que o Senhor lhe dera, e nela ele comenta acerca da voz do Senhor:
 
“Andando eles ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, a voz de um estrondo, como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam suas asas”. – Ezequiel 1.24

         Vale ressaltar expressões como “ruído” e “estrondo” ao se falar da voz do Senhor como a voz de muitas águas, pois neste paralelo, a verdade que se quer transmitir não está necessariamente ligada à água, mas ao BARULHO que ela faz. Além do profeta Ezequiel, também temos o profeta Jeremias dando testemunho disto:
 
“Fazendo ele [Deus] ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e sobem os vapores desde os confins da terra. Envia os relâmpagos com a chuva, e tira o vento dos seus tesouros”. – Jeremias 51.16

         Tal qual os dois profetas, o apóstolo João em seu exílio na ilha de Patmos também teve uma profunda experiência com Deus, na qual viu o Senhor ressuscitado e ouviu a sua voz; e seu relato é idêntico aos que já vimos, mostrando ser esta uma característica pertencente à voz de Deus:
 
“Os seus pés eram semelhantes a latão reluzente, como que refinado numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas” – Apocalipse 1.15

         Temos três testemunhos: o de Ezequiel, o de Jeremias e o de João. E a Bíblia diz que pela boca de duas ou três testemunhas se estabelece toda questão (2Co. 13.1). Portanto, isto não é apenas um exemplo ou alegoria, é uma doutrina. Não é um mero detalhe em meio a uma descrição, e sim uma ênfase das Escrituras. A voz do Senhor é como a voz de muitas águas!
         Deus quer que entendamos e vivamos esta verdade. Sua voz em nossas vidas deve ser como a voz de muitas águas.

O SIGNIFICADO

         Se a expressão “voz como de muitas águas” não é apenas uma menção ou detalhe, mas uma ênfase e doutrina escriturística, então é de suma importância que compreendamos o significado da terminologia bíblica. O que é ter voz como de muitas águas? Não é a quantidade de água em si que oferece o exemplo utilizado nas Escrituras, mas vimos que a expressão aparece ligada a outros termos como “ruído” e “estrondo”; o exemplo, na verdade, está ligado ao BARULHO das águas. Alguém pode estar no meio do oceano, olhar à sua volta e ver muitas águas, mas ainda sim estar tudo em silêncio; não é da quantidade de água em si que a Bíblia fala, mas sim de seu ruído. Embora no caso de uma queda d’água, quanto maior for o volume de água maior será também o ruído…
         Eu creio que o paralelo que Deus oferece é este, o de quedas d’água, cachoeiras, cataratas, ou qualquer outro nome que aponte para o ruído de águas, como as ondas bravias do mar, por exemplo. Até mesmo as chuvas (tempestades) são apresentadas assim neste exemplo bíblico, pois a idéia é esta: ressaltar a intensidade da voz divina.
         Quando nos aproximamos de quedas de águas, por exemplo, as Cataratas do Iguaçu, podemos observar que quanto maior o volume de água, maior será o ruído que ouviremos. Estive lá algumas vezes, inclusive na minha lua-de-mel, quando Deus falava destas verdades comigo, e é um espetáculo e tanto! Mas lá em Foz do Iguaçu, podemos ouvir o ruído das águas sem que ele impeça nossa conversa, pois é possível ouvirmos uns aos outros visto que os visitantes não têm como se aproximar tanto das cataratas.
         Podemos até molhar a roupa do corpo devido à umidade do ar, mas mesmo nos pontos turísticos mais próximos das cataratas ainda não se chega perto o suficiente para que nossa voz seja encoberta. Contudo, se formos a uma cachoeira de menor volume de água e de queda também menor, mas colocarmo-nos debaixo dela ou mesmo bem próximo às pedras onde ela cai, poderemos experimentar o barulho dela encobrindo nossa voz e impedindo até mesmo conversas, pois o provável é que ninguém ouvirá ninguém.
         O ruído de muitas águas é, em outras palavras, um ruído que encobre os outros ruídos. Assim também é a voz do Senhor: UMA VOZ QUE ENCOBRE AS OUTRAS VOZES! E aqui deparamo-nos com um princípio poderoso: Deus quer que sua voz chegue com tamanha intensidade em nossas vidas que cheguemos a ponto de não ouvir mais nenhuma outra voz. Ele quer que sua Palavra PREVALEÇA sobre toda e qualquer voz neste mundo, a ponto de se poder dizer de nossas vidas o que se disse em Éfeso: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia.” (At. 19.20.)
         O que aconteceu nesta cidade da Ásia pode (e deve) acontecer conosco! Afinal não foi na cidade em si que a Palavra cresceu, mas na vida dos habitantes dela; e se ocorreu a eles pode nos ocorrer também. Quando a Bíblia fala sobre o crescimento da Palavra, fala de como ela cresce na vida das pessoas. À medida que damos espaço à Palavra do Senhor, inclinando nosso coração a ela, experimentamos uma INTENSIDADE MAIOR de sua operação em nossas vidas.
         Mas note que a Palavra não apenas crescia, mas PREVALECIA. E prevalecia sobre o quê? Sobre outras vozes e ruídos. Isto é que é experimentar a voz do Senhor como voz de muitas águas. É ouvi-la tão intensa e fortemente que não ouvimos mais nenhuma outra voz!
         Por outro lado, há pessoas que experimentam justamente o contrário: outras vozes é que vivem encobrindo a voz do Senhor em suas vidas.
         Creio que há um fator determinante que diferencia um grupo do outro. A palavra de Deus não iria prevalecer na vida de um e de outro não sem um motivo. O que determina esta diferença?

A DISTÂNCIA INFLUENCIA

         Citei como exemplo de ruído de águas, as Cataratas do Iguaçu, onde podemos perceber o barulho das águas sem deixarmos de conversar uma vez que, pela distância, o ruído não chega a atrapalhar-nos. E ao comentar sobre uma catarata barulhenta (mas não o suficiente para encobrir todos os outros ruídos), o fiz com o propósito de chamar-lhe a atenção para uma outra verdade: a distância que permanecemos da água influencia muito!
         Ao entrar no Parque Nacional do Iguaçu, ainda na estrada para as quedas não podemos ouvir o ruído da água, mas assim que nos aproximamos delas no último quilômetro já começamos ouvi-las. Mas mesmo quando estamos no ponto de observação mais próximo, ainda podemos conversar. Porém, se houvesse um meio (seguro!) de nos aproximarmos tanto de uma das quedas, a ponto de quase nos colocarmos debaixo dela, então seria impossível conversar ou ouvir outro som, pois o barulho da água PREVALECERIA sobre todos os outros.
         Assim também se dá com a voz de Deus. Se nos aproximarmos de sua Palavra, ela encobre as outras vozes. Mas se nos distanciarmos, podemos chegar a um ponto onde os outros ruídos acabam sendo mais altos que a Palavra de Deus em nossas vidas.
         O propósito divino é que estejamos tão próximos da Palavra que ela prevaleça sobre toda e qualquer voz, abafando-a por completo.
         Não estou falando do quanto você conhece ou lê a Bíblia, mas do quanto você está (ou não) perto! A quantidade de água não afeta tanto como a PROXIMIDADE dela… Mencionei que em Foz do Iguaçu é possível conversar sem que o ruído da água abafe completamente nossa voz; mas há alguns anos conheci uma pequena cachoeira que conseguiu esta façanha! Veja bem, não há como compará-la com as Quedas do Iguaçu, cuja altura e volume de água são incalculavelmente superiores, porém, esta pequena cachoeira localizada no município de Candói, no Paraná, conseguiu abafar minha voz!
         Havíamos realizado um acampamento com os jovens da igreja, e descobrimos nas proximidades do local do acampamento a tal cachoeira. Devido ao bom tempo que desfrutávamos naquele dia e a consciência de que por causa das chuvas abundantes que caíra nos dias anteriores haveria um lindo espetáculo, dirigimo-nos com um grupo de jovens para lá. Ao chegarmos, a maioria de nós não resistiu ao calor e decidiu se colocar debaixo do véu de água… e foi curioso descobrir que embora não parecesse uma cachoeira tão forte, mal conseguíamos ouvir uns aos outros enquanto debaixo daquela queda d’água.
         A lição que aprendi com este exemplo! O que faz a diferença não é o tanto de água que cai, mas se eu estou ou não próximo a ela! Em Foz do Iguaçu o volume de água era muito maior do que este em Santa Clara, no Candói. Mas o fato de eu ter me aproximado mais da menor cachoeira, pôde me levar a atribuir a ela um ruído maior do que o aquele que trago na memória referente às belas Cataratas do Iguaçu.
         Semelhantemente, há crentes que conhecem a Bíblia já há muitos anos, e o tanto que a leram e estudaram é semelhante ao volume de águas do Iguaçu, é muita coisa! Mas não vivem próximos da Palavra, e ela não é suficiente para abafar as outras vozes em suas vidas!
         Por outro lado, temos irmãos que pelo pouco tempo que servem ao Senhor, suas águas (conhecimento da Palavra) são de um volume tão menor que as do Iguaçu que só podem ser comparadas com esta pequena cachoeira da qual me referi. Só que como vivem tão próximos da luz, que possuem da Palavra, ela é suficiente para PREVALECER em suas vidas e abafar as outras vozes.
         Portanto, não é o estar em Foz do Iguaçu ou no Candói que determina a diferença, mas a que distância cada um se encontra das suas águas! Se o mais novo na fé e o de menor conhecimento entram debaixo da sua cachoeira, e o mais velho na fé e o de maior conhecimento permanecem longe de sua catarata, em quem a Voz de Deus está chegando mais alto? É óbvio que nos que estão próximos daquilo que já possuem. É naquele que se aproxima mais, e não no que conhece mais.
         A voz do Senhor será como voz de muitas águas, encobrindo as outras vozes e ruídos, somente quando nos colocarmos próximos a ela.

O QUE É ESTAR PRÓXIMO

         O que é, então, estar próximo? É não apenas ler e conhecer as Escrituras, mas permitir que o Espírito Santo trabalhe em nós com a Palavra. Por exemplo, eu posso ser um profundo conhecedor (e até ensinador) da fé bíblica; dizer às pessoas: as Escrituras dizem isto, isto e aquilo… mas na minha vida cristã, na hora em que eu precisar exercitar minha própria fé, ser vencido pela voz da dúvida. Já um cristão novo convertido, que não tenha nenhuma bagagem tão profunda de Bíblia e nem saiba explicar a fé, pode ler uma porção da Palavra, uma promessa, e permitir que o Espírito Santo trabalhe em seu íntimo revelando a Palavra, o que fará com que ela se torne “voz como de muitas águas” em sua vida. Terá então provado o poder da Palavra do Senhor abafando a voz da incredulidade e dando-lhe vitória no combate da fé.
          Não estou dizendo que não há valor em estudar e conhecer as Escrituras; você deve dedicar-se a isto o MÁXIMO que puder (2Tm. 2.5). Quem dera que cada crente lutasse contra a ignorância em busca de mais e mais da Palavra de Deus. Seria uma verdadeira revolução! Mas o que quero dizer é que apenas isto não basta e nem tampouco determina o sucesso de nossa vida cristã. Precisamos conhecer E NOS MANTER PRÓXIMOS da Palavra; não podemos nos distanciar.
         Distanciar-se não é deixar de saber, mas sim deixar de ser sensível, viver e experimentar aquilo que conhecemos. Trata-se de perder a consciência espiritual daquela verdade e, conseqüentemente, impedir que o Espírito Santo prossiga trabalhando naquela área de nossas vidas.
         Nestes dias o Pai Celeste está nos convocando para que nos aproximemos novamente das águas e permitamos que elas abafem as outras vozes e ruídos em nossas vidas.

DIFERENTES TIPOS DE VOZES

         Ao escrever aos coríntios, Paulo mostrou nos capítulos 12 e 14 de sua primeira epístola, que Deus é um Deus que fala. Diz que já não mais servimos aos ídolos mudos (1Co. 12.2), mas ao Deus vivo que fala com cada um de nós; e então cita os dons do Espírito como um dos diferentes meios pelos quais Deus fala. Mas ao mostrar que podemos ouvir a voz do Senhor, ele também deixou claro que podemos ouvir outros tipos de vozes:
 
“Há, por exemplo, muitas espécies de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado”. – 1Coríntios 14.10

         Lemos que não somente há línguas diferentes, mas VOZES diferentes. Ouvimos muitas espécies de vozes em nossa vida espiritual; o diabo, o mundo e a carne, nossos cruéis inimigos, tentarão de todas as formas abafar a voz de Deus em nós para que lhes demos ouvidos. Mas, por outro lado, se deixarmos a Palavra de Deus se manifestar com “voz como de muitas águas”, então as demais vozes é que serão encobertas e a Palavra do Senhor prevalecerá.
         Há muitos tipos de vozes no mundo. Às vezes sentimo-nos pressionados a dar ouvidos a uma voz que não se harmoniza com a de Deus. Reconhecemos que a voz do Senhor diz o oposto, sabemos que estamos errando, mas ainda assim, ficamos de tal maneira presos que acabamos por seguir na direção errada. E depois nos frustramos, condenamos e lamentamos.
        Questionamos: Por que não ouvimos a Palavra de Deus? Como é possível saber o que o Senhor diz, e ainda fazer o contrário?
         A razão é que estamos distantes da Palavra de Deus naquela área; esta é a única e grande verdade do porquê isto ocorre! Se nos aproximarmos do que Deus diz, recebendo a vida e a revelação do Espírito Santo naquela área, então as outras vozes serão encobertas. Se nos afastarmos da Palavra (e não me refiro ao Livro em si, mas à Palavra VIVA), então as demais vozes é que se sobressairão. Que voz tem prevalecido em tua vida?
         Sugerimos abaixo algumas destas muitas espécies de vozes que costumamos ouvir. Para cada uma delas o princípio de vitória é o mesmo: VOLTAR À PALAVRA. Não apenas ler, mas meditar e deixar que o Espírito da Verdade opere no íntimo, avivando a consciência espiritual…

  • A voz da tentação
  • A voz da maioria
  • A voz da dúvida
  • A voz da ganância
  • A voz dos mexericos
  • A voz do desânimo
  • A voz do preconceito
  • A voz do medo
  • A voz do comodismo

        Que Deus o abençoe, e que sua voz fale mais alto em sua vida!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Jornada nos Salmos - Vitória (Sl 3) | Pastor Sérgio Fernandes



Salmos 3:8 - A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá.)

A palavra "vitória" entrou com tudo no linguajar evangélico nesta última década. Propagada principalmente por pregadores avivalistas e por cantores, esse termo tornou-se uma espécie de mantra gospel, repetido exaustivamente no cotidiano de muitas comunidades. Sou cristão de tradição pentecostal, creio na vida abundante prometida por Cristo e creio na Igreja triunfante, mas temo que muitos cristãos estejam enganados com o que realmente significa ter "vitória em Cristo".

A vitória que a cruz de Cristo nos proporcionou está relacionada com a nova vida que temos em Jesus. Ele morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. Por causa daquilo que o Salvador fez, fomos salvos da condenação e podemos novamente desfrutar das bênçãos de um relacionamento com o Nosso Criador. Quem está em Cristo foi justificado, regenerado, adotado na família divina, libertado do poder das trevas, santificado, e recebeu promessas infalíveis de vida eterna com Ele. Libertos do sistema que rege o mundo, podemos amar, servir, ser generosos e compassivos. Esta é a nossa vitória. Foi por causa dessas verdades que Paulo disse: "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por Cristo Jesus, Nosso Senhor".

Cuidado com o materialismo que invadiu a Igreja. Cuidado com os valores capitalistas que tem achado abrigo em muitos púlpitos. Voltemos a Palavra de Deus e aos ensinamentos de Jesus. A igreja do primeiro século, que impactou o mundo, era composta de gente simples, pobre materialmente, mas rica na fé e no amor. É esse cristianismo que precisamos redescobrir. Soli Deo Gloria.